Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua Trimestral, divulgada pelo IBGE, a taxa de desemprego no Brasil apresentou aumento em oito das 27 unidades da federação (UFs) no primeiro trimestre de 2024 em comparação com o último trimestre de 2023.
Os estados que registraram alta foram Acre, Bahia, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo. Apenas no Amapá houve queda na desocupação, enquanto nas 18 UFs restantes houve estabilidade.
Na comparação com o primeiro trimestre de 2023, nove UFs apresentaram queda na taxa de desemprego, sem registro de aumento estatisticamente significativo em nenhuma delas. Destaque para Rio Grande do Norte, Distrito Federal, Sergipe, Pernambuco, Maranhão, Rio de Janeiro, Pará, São Paulo e Espírito Santo, que registraram queda.
Adriana Beringuy, coordenadora de Pesquisas por Amostras de Domicílios do IBGE, destaca que, embora haja influência dos padrões sazonais na comparação de curto prazo, a trajetória de queda anual persiste.
No primeiro trimestre de 2024, as maiores taxas de desocupação foram observadas na Bahia (14,0%), Pernambuco (12,4%) e Amapá (10,9%), enquanto as menores foram em Rondônia (3,7%), Mato Grosso (3,7%) e Santa Catarina (3,8%).
Movimentação da Taxa de Desemprego por Grandes Regiões
1º Trimestre de 2024
A taxa de desemprego no Brasil encerrou o primeiro trimestre de 2024 em 7,9%, representando um aumento de 0,5 ponto percentual em relação ao trimestre anterior (7,4%). No mesmo período de 2023, a taxa era de 8,8%. Apesar do aumento, este foi o melhor resultado para o período desde 2014 (7,2%).
O número absoluto de desocupados cresceu 6,7% em comparação com o trimestre anterior, atingindo 8,6 milhões de pessoas, mas apresentou uma queda de 8,6% na comparação anual.
No primeiro trimestre de 2024, houve uma queda de 0,8% na população ocupada, totalizando 100,2 milhões de pessoas. No acumulado do ano, houve um aumento de 2,4%, representando mais 2,4 milhões de pessoas ocupadas.
Rendimento em alta
O rendimento real habitual registrou um aumento de 1,5% em relação ao trimestre anterior, alcançando R$ 3.123. Na divisão por sexo, os homens apresentam uma renda média real de R$ 3.323, enquanto as mulheres têm uma média de R$ 2.639. Em relação aos estados, apenas três apresentaram aumento no rendimento médio real no trimestre: Bahia (5,6%), Espírito Santo (4,9%) e Paraná (3,9%). Na comparação com o primeiro trimestre de 2023, cinco estados registraram aumento no rendimento médio real: Rio Grande do Norte (11,8%), Pará (8,7%), Mato Grosso (6,9%), Paraná (6,6%) e São Paulo (5,5%).
Fonte: IG