Dow Jones futuro cai antes de inflação PCE nos EUA; os destaques da volta do feriado

O índice de preços de gastos com consumo (PCE, na sigla em inglês), indicador de inflação preferido do Federal Reserve (Fed), concentra todas as atenções nesta sexta-feira (31), último pregão de maio. O indicador é visto como importante para definir o ritmo de corte de juros nos Estados Unidos. Além dos dados inflação, investidores aguardam falas do presidente do Fed de Atlanta, Raphael Bostic, em evento.

Por aqui, na volta do feriado de Corpus Christi, a Bolsa brasileira deve buscar fechar o gap em relação aos ganho de 0,67% do índice Dow Jones Brazil Titans 20 ADR (BR20) e de 0,52% do EWZ, principal ETF brasileiro negociado no mercado americano, na véspera. Os ativos brasileiros também deve repercutir a contração da atividade industrial da China em maio.

 

1.Bolsas Mundiais

Estados Unidos

Os índices futuros dos EUA operam em baixa, ampliando as perdas da véspera, quando foram pressionados por quedas nas ações de empresas de tecnologia após uma previsão decepcionante de resultado trimestral da Salesforce.

O S&P 500 e o Nasdaq caminham para encerrar uma sequência de vitórias de cinco semanas, enquanto o Dow Jones caminha para a segunda semana consecutiva de perdas, à medida que o aumento dos rendimentos do Tesouro pesam sobre o sentimento dos investidores.

Veja o desempenho dos mercados futuros:

Dow Jones Futuro: -0,08%

S&P 500 Futuro: -0,22%

Nasdaq Futuro: -0,36%

 

Ásia

Os mercados asiáticos fecharam sem direção única, à medida que investidores digeriam uma enxurrada de dados da região. Os números da produção industrial do Japão mostraram uma queda surpreendente de 0,1% em abril em relação ao mês anterior, contra uma pesquisa da Reuters que previa um aumento de 0,9%.

Outro conjunto de dados mostrou que o núcleo da inflação na capital do Japão, Tóquio, subiu 1,9% em maio, em linha com as expectativas da pesquisa da Reuters. Já o índice de produção industrial da Coreia do Sul subiu 2,2% na comparação mensal em abril, em uma base com ajuste sazonal, superando a expectativa de uma pesquisa da Reuters de um aumento de 1,1%.

Dados da China mostraram que o seu setor industrial contraiu inesperadamente em maio, com o índice oficial de gestores de compras (PMI, na sigla em inglês) a situar-se em 49,5, face a 50,4 em abril.

Shanghai SE (China), -0,16%

Nikkei (Japão): +1,14%

Hang Seng Index (Hong Kong): -0,83%

Kospi (Coreia do Sul): +0,04%

ASX 200 (Austrália): +0,96%

 

Europa

Os mercados europeus operam ligeiramente em alta, ampliando os ganhos da sessão anterior, enquanto os investidores repecurtem dados de inflação da região, que subiu 2,6% em maio. Economistas consultados pela Reuters previam um aumento de 0,1 ponto percentual em relação ao valor de abril de 2,4%.

FTSE 100 (Reino Unido): +0,27%

DAX (Alemanha): -0,07%

CAC 40 (França): -0,09%

FTSE MIB (Itália): +0,10%

STOXX 600: +0,03%

 

Commodities 

Os preços do petróleo operam com baixa, à medida que investidores digerem comentários das autoridades do Fed, que disseram que era muito cedo para começar a considerar cortes nas taxas de juros, e após um aumento surpreendente nos estoques de gasolina dos EUA que pesou sobre o mercado.

As cotações do minério de ferro na China fecharam no vermelho, com a redução da demanda no curto prazo e dados desanimadores sobre as fábricas chinesas pesando sobre o sentimento.

Petróleo WTI, -0,44%, a US$ 77,57 o barril

Petróleo Brent, -0,76%, a US$ 81,24 o barril

Minério de ferro negociado na bolsa de Dalian teve queda de 1,70%, a 865,00 iuanes, o equivalente a US$ 121,74

 

Bitcoin

Bitcoin, -1,31% a US$ 67.879,59 (em relação à cotação de 24 horas atrás)

 

2. Agenda
A semana termina com a divulgação do índice PCE de abril nos Estados Unidos.

EUA

9h30: Inflação PCE de abril; consenso LSEG prevê alta mensal de 0,3% e de 2,7% na base anual

19h15: Raphael Bostic, presidente do Fed de Atlanta profere palestra

 

3. Noticiário econômico

Taxa de 20% em importações de até US$ 50 pode render R$ 4 bilhões até 2025

O retorno da taxação sobre as compras internacionais de até US$ 50, com alíquota de 20%, pode ter efeito fiscal “relevante” e gerar R$ 1,3 bilhão para os cofres da União neste ano. O cálculo é feito pela equipe de política fiscal da Warren Investimentos, que considerou, para a conta, que a arrecadação seria impactada a partir de julho, uma vez que a taxa ainda não foi aprovada pelo Senado, apenas pela Câmara. A previsão é de que os senadores apreciem a matéria na próxima semana.

Para 2025, os economistas Felipe Salto, Josué Pellegrini e Gabriel Garrote, da Warren, estimam que a taxação pode render até R$ 2,7 bilhões em receitas, considerando as projeções de crescimento do PIB nominal.

 

4. Noticiário político

Ajuda do governo federal ao Rio Grande do Sul já soma R$ 62,5 bilhões

Um mês após o início da atuação da força-tarefa do governo federal no Rio Grande do Sul, já foram destinados emergencialmente ao estado R$ 62,5 bilhões para socorrer a população atingida pelas enchentes. Fortes chuvas atingiram o estado desde o dia 27 de abril, causando tragédia sem precedentes na região. Até esta quinta-feira (30), os eventos climáticos extremos atingiram 471 cidades, mataram 169 pessoas e deixaram mais de 626 mil fora de suas casas.

 

5. Radar Corporativo

Cosan (CSAN3)

A Cosan (CSAN3) aprovou o pagamento de R$ 840 milhões em dividendos para os acionistas.

 

PetroRecônvaco (RECV3)

A PetroRecôncavo (RECV3) informou que irá pagar R$ 410 milhões em juros sobre o capital próprio (JCP) a seus acionistas.

 

Fonte: Info Money